segunda-feira, abril 18, 2016

Não será o Brasil de hoje um grande espelho do Portugal de amanhã?


Caros amigos, deixai arrefecer as emoções e olhai para o Brasil com a cabeça fria. Esse país é a imagem de Portugal dentro de alguns anos se o regime político continuar a apodrecer a alta velocidade no nosso país. No Brasil, tal como já em Portugal, é inútil falar de esquerda e direita, em corrupção de direita e honestidade de esquerda. Isso são histórias da Carochinha.
Espero que os meus irmãos e amigos brasileiros saibam limpar o seu país da corrupção, da politiquice, da palhaçada em que foi transformada a democracia, mas sem recorrer à violência. As armas não resolvem problemas, apenas os complicam. Não me esqueço que, em Outubro de 1993, quando o Presidente russo Boris Ieltsin resolveu a tiro de canhão o seu diferendo com o Parlamento, sob os aplausos das democracias ocidentais, ele contribuiu para esmagar à nascença os rebentos da democracia no país. E todos conhecemos o resultado: hoje a Rússia é dirigida por um bando de políticos que não são menos corruptos do que os brasileiros, mas sentem-se mais seguros porque esmagaram a oposição.
Não há Sebastião que valha a russos, brasileiros e portugueses, etc. Por isso saibamos tirar as devidas lições da crise brasileira, não deixemos que em Portugal as coisas cheguem ao ponto em que chegaram no Brasil. Preocupemo-nos menos com cartões de cidadonas e propostas afins e olhemos, por exemplo, para o estado da justiça no nosso país. Não há dia que passe sem notícias de detenções e de abertura de mega-processos, mas quais as consequências?
E deixo aqui uma mensagem para os corruptos: "a ganância é a perdição do ladrão" (provérbio russo).

2 comentários:

pvnam disse...

A DEMOCRACIA É uma forma de dotar o contribuinte/consumidor de algum poder negocial...mas, todavia, no entanto, esse poder negocial deverá ser aprofundado (ver Exemplo 1, e Exemplo 2).
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De facto, apontar 'isto ou aquilo' é insuficiente... há que combater os parolizadores de contribuintes... isto é, ou seja, há que reivindicar/criar:
- MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!
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Quando alguém proclama «o país precisa de alguém que faça isto e aquilo»... a resposta só pode ser: "apanha-se mais depressa um parolizador de contribuintes do que um coxo"!
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Ora, de facto, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em 'arautos/milagreiros' em economia (etc) - por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte [isto é, querem que os contribuintes passem carta branca aos políticos... para que estes possam fazer as mais variadas negociatas com os mais variados lobbys].
---» EXPLICANDO MELHOR: um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!
[uma nota: quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!]
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Ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
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EXEMPLO 1:
O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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EXEMPLO 2:
CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
[ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]

Unknown disse...

Senhor Milhazes,
um pouco da complexa situação que passamos no Brasil está explicada no post abaixo.
Saudações,
Miguel.


http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=8530